No passado dia 29 de Outubro, a
turma F do 12ºano do Curso Profissional de Técnico de Receção embarcou no
Cacilheiro para uma visita de descoberta à Lisboa de Fernando Pessoa e Baixa Pombalina.
Partindo do Cais do Sodré, os
alunos e professoras rumaram ao Chiado para uma primeira paragem no Largo de S.
Carlos. Aí puderam observar o edifício em cujo 4º andar o poeta nasceu. Entre
poemas e fotos deslocaram-se então ao Largo do Carmo, não sem primeiro admirar,
na Brasileira do Chiado, a estátua de Lagoa Henriques que eterniza a presença
de Pessoa neste estabelecimento e a Basílica dos Mártires, onde o escritor foi
batizado.
Já no Carmo, fez-se uma pausa para
mais uma leitura de poemas, agora junto ao edifício onde, no 1º andar, o poeta
viveu. Presentemente, o local foi transformado em ateliês e café, ainda que tenha
havido a preocupação de se preservar o espaço/quarto, permitindo ao visitante
imaginar Pessoa, sentado à secretária, escrevendo os seus poemas diante da
janela donde pôde escutar, talvez, o som dolente do tanger dos sinos soando
dentro da sua alma.
Seguidamente, descemos ao Chiado
e visitámos a Tabacaria Mónaco no Rossio, onde se podem admirar azulejos de
Rafael Bordalo Pinheiro. Contudo sem autorização para fotos. Ainda no Rossio,
voltámos a recordar Pessoa em frente à Camisaria Moderna, onde outrora ficaria o
restaurante “Irmãos Unidos”. Aqui, o poeta reunia-se com alguns dos seus amigos, entre eles, Mário de Sá-Carneiro,
Almada Negreiros e Alfredo Guizado, a cuja família pertencia o restaurante. Na
rua dos Sapateiros encontrámos A Licorista, local muito procurado por Pessoa,
hoje um restaurante. Na rua da Assunção, pôde-se ler uma placa assinalando um
dos locais de trabalho do escritor e local onde se perdeu de amores por Ofélia.
Finalizámos o roteiro Pessoano no
Martinho da Arcada, café de primeira escolha de Pessoa.
A nossa visita acabou de forma surpreendente
ao descermos cerca de 3 metros abaixo do solo para poder imaginar como era a
vida dos Lisboetas há cerca de 2400 anos atrás. O Núcleo Arqueológico do
Millenium BCP possibilitou-nos essa grande aventura, deixando-nos antever o que
foi a vida dos Romanos e permitindo-nos visualizar as fundações em estacaria da
época Pombalina que ainda hoje se encontram debaixo de água.
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