27 de abril de 2008

Nós tomámos um caminho errado - Saramago

Qualquer semelhança com as políticas da Educação é pura coincidência...

Opiniões (voz) de José Saramago e imagens de Sebastião Salgado

postado por ana lima

homenagem a Adriano Correia de Oliveira

Adriano Correia de Oliveira (1942-1982)

Tejo que Levas as Águas

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25 de abril de 2008

a cantiga como arma

Antes, faziam-no clandestinamente... Algumas das suas canções davam direito a prisão ou a perseguições pela PIDE.
Depois do 25 de Abril, correram de boca em boca, poderosas e livres.
Aqui fica uma homenagem a esses homens de coragem, precursores de Abril


Zeca Afonso

Homenagem a Adriano Correia de Oliveira

Sérgio Godinho

Hoje é o 1º Dia
Que força é essa? (de Sérgio Godinho)

parabéns Fausto
O Barco Vai de Saída

postado por ana lima

um sonho lindo que acabou ?

EU VIM de LONGE , por Zé Mário Branco



José Saramago
: falsa democracia

http://www.youtube.com/watch?v=m1nePkQAM4w

"A democracia em que vivemos é uma democracia sequestrada, condicionada, amputada..."

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25 de Abril, 1974

REVOLUÇÃO DOS CRAVOS, 25 DE ABRIL - imagens de arquivo

GRÂNDOLA VILA MORENA, por Zeca Afonso



postado por ana lima

22 de abril de 2008

concurso - respostas

Estão no site abaixo as perguntas e respostas do concurso que levámos a cabo desde a semana da leitura (3 a 7 de Março)

http://www.malhatlantica.pt/esagbib/concurso_autores-cultura-portuguesa.htm

ana lima

9 de abril de 2008

cronologia de uma revolução

Quase tudo o que há para saber sobre o pouco antes... e o durante (...)http://www.minerva.uevora.pt/aventuras/vilavicosa/25abril.html

A crónica começa assim: «Há vinte anos» (agora seriam 34!!!) « em vésperas do 25 de Abril, Portugal era um país anacrónico.» (...)


No vídeo abaixo, imagens do 'Portugal anacrónico' , resultado da ditadura de Salazar e da 'filosofia' dos 3 Fs: Fado, Futebol e Fátima - "O povo quer-se analfabeto"...

Queixa das almas jovens censuradas
letra: Natália Correia; música e voz: José Mário Branco



Depois, vem o relato dos acontecimentos que foram precursores daquela que viria a ser conhecida como "A Revolução dos Cravos" - começando no dia 22 de Fevereiro de 1974, em que é publicado um livro decisivo, até às 22:55 de 24 de Abril, em que « ... uma canção " E depois do Adeus ", interpretada por Paulo de Carvalho, marca o início das operações militares contra o regime. »



É, no entanto, outra canção, também ela usada como código pelos capitães revoltosos, que virá a tornar-se num dos símbolos da Revolução: Grândola Vila Morena, de José Afonso:


vídeo de Zeca Afonso no Coliseu
(29 de Janeiro de 1983)
quando já estava muito doente (última aparição num espectáculo)


sobre o que veio depois, a par da biografia do Zeca: http://www.aja.pt/biografia.htm


postado por ana lima

vozes na luta : Zeca Afonso

José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos (ZECA AFONSO) nasceu em Aveiro, a 2 de Agosto de 1929. Morreu no hospital de Setúbal, na madrugada de 23 de Fevereiro de 1987.

Zeca - por ele próprio:

«Admito que a revolução seja uma utopia, mas no meu dia a dia procuro comportar-me como se ela fosse tangível. Continuo a pensar que devemos lutar onde exista opressão seja a que nível for.»



«Não me arrependo de nada do que fiz. Mais: eu sou aquilo que fiz. Embora com reservas acreditava o suficiente no que estava a fazer, e isso é que fica. Quando as pessoas param há como que um pacto implícito com o inimigo, tanto no campo político, como no campo estético e cultural. E, por vezes, o inimigo somos nós próprios, a nossa própria consciência e os alíbis de que nos servimos para justificar a modorra e o abandono dos campos de luta.»

«Acho que, acima de tudo, é preciso agitar, não ficar parado, ter coragem, quer se trate de música ou de política. E nós, neste país, somos tão pouco corajosos que, qualquer dia, estamos reduzidos à condição de ‘homenzinhos’ e ‘mulherzinhas’. Temos é que ser gente, pá! »

em entrevista publicada originalmente no semanário Se7e de 27.11.1985

in http://www.aja.pt/ (site da Associação José Afonso)


Zeca Afonso ao vivo:


posted by ana lima

2 de abril de 2008

Portugal censurado

Poucos foram os grandes nomes da cultura portuguesa que escaparam ao crivo da censura repressiva. Uma lista enorme de autores, onde constam alguns dos maiores vultos de sempre da nossa cultura, foi divulgada logo a seguir ao 25 de Abril de 1974 pela Comissão Directiva da Associação dos Editores e Livreiros Portugueses.

Apesar de a censura não se aplicar directamente aos livros, estes eram com facilidade retirados do mercado e os seus autores ou editores sujeitos a castigo.
Foi o que aconteceu ao grande escritor Aquilino Ribeiro. Em 1959, com 74 anos de idade, o maior romancista português do seu tempo vê-se perante a barra do Tribunal, indiciado num processo por delito de opinião, em que a pena de prisão poderia ir até oito anos. Isto por ter publicado o romance Quando os Lobos Uivam, onde retratava uma realidade da vida camponesa, na Serra da Estrela, que desagradou ao regime de Salazar.

Para Heliodoro Caldeira, advogado de Aquilino Ribeiro nesse famoso processo e, também ele, um homem habituado nas lides do combate contra a ditadura, o caso explicava-se em meia dúzia de palavras, conforme teve oportunidade de expor aos autos de defesa do seu constituinte, onde, a dado passo, afirma o seguinte:

Através do presente processo, mais do que provar umas pretensas ofensas a tais e tais pessoas ou denunciar um ataque a certa estrutura política, o que parece procurar-se é coarctar o direito de um escritor fazer qualquer obra de ficção em que por transposição imaginativa tome posição acerca dos problemas que respeitem ao meio em que está integrado.
Quer dizer, pretende-se relegar o artista à situação de simples escrevinhador de histórias, que não têm outra função senão a de divertir o bom burguês satisfeito com a vida e com o mundo. Acabar-se-á de uma vez para sempre com a liberdade de pensar, e ninguém pense mais em emitir juízos quanto à sociedade em que vive, passando todas as estruturas a ser inatacavelmente perfeitas, e nelas tudo correndo panglóssicamente pelo melhor. Seria o último estádio de um lento processo com o fim de esmagar toda e qualquer manifestação de inteligência, de aniquilar o indivíduo como ser pensante e de o acorrentar bovino e passivo ao arado de que o Poder segura a rabiça.
A obra literária, tornada meio de embrutecimento e de nirvanação, iria caindo aos poucos num formalismo académico, num anedotário para bacocos, todas as formas destituídas, a preceito, de conteúdo. E adeus literatura, adeus cultura, adeus personalidade nacional!

Episódios como este, passado com Aquilino Ribeiro, davam para encher páginas e páginas contando situações vividas por outros nomes da craveira intelectual do grande mestre do romance Quando os Lobos Uivam. Alguns estão ainda vivos. E muitos são aqueles que, com maior ou menor impacto, conheceram a violência da censura no seu pensamento escrito, quando, não mesmo, a violência da brutalidade física na sua carne e na sua dignidade.

in Vidas Lusófonas
http://www.vidaslusofonas.pt/livros_e_censura.htm


Aquilino Ribeiro e Paredes de Coura


postado por ana lima

O famigerado Lápis

Foi o símbolo de uma época. O “lápis azul ” riscou notícias, fados, peças de teatro e livros, apagou anúncios publicitários, caricaturas e pinturas de parede.

Sendo proibida qualquer referência ao material censurado, poucas foram as oportunidades de ver o que se perdeu. A exposição “O Lápis Azul: A Censura do Estado Novo”, mostra uma pequena parte desse espólio. Mas ilustra o grande alcance da actuação censória que vigorou 48 anos, desde o Golpe Militar de 28 de Maio de 1926 aos regimes de Oliveira Salazar e Marcello Caetano. (in A Página da Educação)


postado por ana lima

1 de abril de 2008

Concurso- mês de Abril

Porque é em Abril que se comemora a 'revolução dos cravos' , durante este mês o nosso concurso vai incidir sobre aspectos relativos ao 25 de Abril.

Haverá perguntas relativas a dados históricos mas também, é claro, sobre autores [e cantautores] então ferozmente perseguidos pela PIDE e pela censura, as suas obras feridas pela implacável tacanhez desse lápis azul que lhes mutilava letras e sentires...

Os Vampiros, de Zeca Afonso



Para quem quiser saber como foi ...

Imperdoável não ver o filme "Os Capitães de Abril", de Maria de Medeiros, que tão intensamente consegue recriar a emoção desses tempos que então se viveram - apaixonados e apaixonantes.


Uma cena do filme :




De consulta obrigatória é também o site da Universidade de Coimbra com o seu Centro de Documentação do 25 de Abril e que disponibiliza fotos, músicas, documentos vários sobre o tema:

www.uc.pt/cd25a

músicas : http://www.uc.pt/cd25a/aedp_po/som/msom.html

Interessante também será dar uma olhada em trabalhos de alunos desta escola e ver as suas opiniões - antes e depois- descubram de quê...:-)))

o ponto de vista dos alunos de há 3 (?) anos atrás...
http://www.malhatlantica.pt/lestrangeiras_esag/vintecincoabril.htm


postado por ana lima